Homem pede ajuda no sinal de trânsito para comprar uma cesta básica, em Brasília
A taxa de desemprego do Brasil foi de 7,5% no trimestre encerrado em abril (fevereiro, março e abril). Esse foi o menor nível de desocupação para o período desde 2014, quando marcou 7,2%. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 4ª feira (29.mai.2024). Eis a íntegra do relatório (PDF – 6 MB).
O desemprego atinge 8,2 milhões de pessoas, segundo o IBGE. O número não teve variação estatisticamente significativa em relação ao trimestre anterior. Em 1 ano, a quantidade de pessoas que procuravam vagas no mercado de trabalho recuou 9,7%, o que corresponde a 882 mil brasileiros.
Os dados fazem parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que divulga mensalmente os dados do mercado de trabalho.
SUBUTILIZAÇÃO
A taxa de subutilização do Brasil foi de 17,4% no trimestre encerrado em abril. Não teve variação significativa frente ao trimestre encerrado em janeiro (17,6%). Caiu 1 ponto percentual ante o trimestre encerrado em abril de 2023, quando foi 18,4%.
É considerado subutilizado quem está desempregado, trabalha menos do que poderia ou não procurou emprego mesmo estando disponível para trabalhar.
No trimestre encerrado em abril, o Brasil tinha 20,1 milhões de pessoas subutilizadas. O número caiu 843 mil em 1 ano.
Dentro do grupo de subutilizados há os desalentados, que são aqueles que não procuraram emprego porque não acreditam que vão conseguir.
A população desalentada foi de 3,5 milhões. Caiu 8,3% em 1 ano, o que corresponde a 314 mil pessoas a menos nesta situação.
MERCADO DE TRABALHO
O Brasil tinha 100,8 milhões de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril. O número não teve variação estatisticamente significativa em relação ao trimestre de novembro a janeiro. Em 1 ano, cresceu 2,8%, o que corresponde a 2,8 milhões de pessoas a mais.
O nível de ocupação ficou em 57,3% no trimestre. É o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar. O percentual não teve alteração em relação ao trimestre anterior. Em 1 ano, subiu 1,1 ponto percentual.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (sem considerar trabalhadores domésticos) foi de 38,19 milhões. Esse foi o maior patamar da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. Subiu 3,8% (ou mais de 1,4 milhão) em 1 ano.
O número de empregados sem carteira de trabalho assinada também foi recorde. Eram 13,6 milhões no trimestre encerrado em abril, com alta de 813 mil em 1 ano.
RENDIMENTO
O rendimento real habitual de todos os trabalhos foi de R$ 3.151. O valor ficou estável no trimestre encerrado em abril em comparação com o trimestre anterior (novembro, dezembro e janeiro). Em 1 ano, cresceu 4,7%.
A massa de rendimento real habitual somou R$ 313,1 bilhões. Esse valor é recorde para a série histórica, iniciada em 2012. Subiu 7,9% em 1 ano, o que corresponde a R$ 23 bilhões.
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