Rachaduras próximo ao local da mina da Braskem aumentam no bairro do Mutange, em Maceió — Foto: Defesa Civil Municipal
O afundamento do solo sobre a mina da Braskem que está sob risco de colapso no bairro do Mutange, em Maceió, é de 2,09 metros de profundidade, segundo a atualização da manhã desta sexta-feira (8), feita pela Defesa Civil. Foram 5,7 centímetros nas últimas 24 horas. O órgão mantém vigente o estado de alerta.
A velocidade registrada no último boletim foi de 0,23 cm/h. Na medição seguinte, às 17h, a velocidade foi de 0,21 cm/h.
A Defesa Civil informa que não dá para dizer que o solo está se estabilizando porque a variação entre aumento e desaceleração tem sido constante nos últimos dias.
Por isso, o monitoramento continua sendo feito 24 horas por dia. Por precaução, a recomendação é para que a população não transite na área desocupada.
A mina sob risco é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC. Ela está localizada sob a lagoa Mundaú, que deve ser afetada se houver o rompimento abrupto. A empresa afirma que "as áreas de serviço em torno da mina continuam isoladas".
Como ainda não há ordem para evacuação, as escolas do Cepa mantêm as aulas normalmente, e estudantes e funcionários tentam manter a rotina, mesmo com medo.
Desde que a instabilidade no solo provocada pela mineração abriu rachaduras em imóveis e crateras nas ruas, mais de 14 mil imóveis foram desocupados em 5 bairros da cidade.
Após o primeiro tremor em 2018, rachaduras começaram a abrir no solo e em imóveis — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Quando o afundamento da mina 18 foi detectado e passou a ser monitorado pela Defesa Civil, famílias que ainda viviam na região afetada pela mineração em Maceió deixaram suas casas sob ordem judicial.
A Justiça Federal determinou a desocupação de 23 residências nas áreas mais próximas do Mutange, como Bom Parto e Bebedouro. A ordem, com autorização para uso de força policial em caso de resistência, atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Entenda o risco de afundamento do solo em Maceió — Foto: Arte/g1
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