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Segunda-feira, 04 de Novembro de 2024
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Inteligência dos EUA acredita que Putin não ordenou morte de Navalny, diz jorna

Segundo o The Wall Street Journal, as agências levaram em conta o momento da morte e como isso ofuscou a reeleição do presidente russo em março

Sandy Lopes
Por Sandy Lopes
Inteligência dos EUA acredita que Putin não ordenou morte de Navalny, diz jorna
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Homenagem a Alexei Navalny em ParisHomenagem a Alexei Navalny em Paris16/2/2024 REUTERS/Gonzalo Fuentes

Agências de inteligência dos Estados Unidos acreditam que o presidente russo, Vladimir Putin, provavelmente não ordenou a morte do seu opositor, Alexei Navalny, em um campo de prisioneiros no Ártico, em fevereiro, informou o The Wall Street Journal neste sábado (27).

Navalny, que tinha 47 anos, era o mais feroz crítico de Putin na Rússia. Os seus aliados, considerados extremistas pelas autoridades do país, acusaram Putin de ter mandado assassinar o político e disseram que irão fornecer provas para sustentar a alegação.

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O Kremlin negou qualquer envolvimento estatal no caso. No mês passado, Putin chamou a morte de Navalny de “triste” e afirmou que estava pronto para entregar o político preso ao Ocidente em uma troca de prisioneiros, desde que Navalny nunca regressasse à Rússia.

Os aliados de Navalny confirmaram que tais negociações estavam em andamento.

The Wall Street Journal, citando fonte não identificadas familiarizadas com o assunto, disse, neste sábado, que as agências de inteligência dos EUA concluíram que Putin provavelmente não ordenou a morte de Navalny em fevereiro.

O veículo afirmou que Washington não absolveu o líder russo da responsabilidade geral pela morte de Navalny, dado que o político da oposição foi alvo das autoridades russas durante anos, sendo preso por acusações que o Ocidente aponta terem motivação política, além de ter sido envenenado em 2020. O Kremlin nega envolvimento no incidente.

A Reuters não pôde verificar de forma independente a reportagem do The Wall Street Journal, que citou fontes dizendo que a descoberta foi “amplamente aceita dentro da comunidade de inteligência e compartilhada por diversas agências, incluindo a Agência Central de Inteligência, o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional e a unidade de inteligência do Departamento de Estado.”

A avaliação dos EUA baseou-se em uma série de informações, incluindo alguns dados secretos, e uma análise de fatos públicos, como momento em que Navalny morreu e como isso ofuscou a reeleição de Putin em março, enumera o jornal citando algumas das suas fontes.

O veículo falou também de Leonid Volkov, um assessor sênior de Navalny, que classificou as descobertas dos EUA como “ingênuas e ridículas”.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que viu a reportagem, que afirmou conter “especulação vazia”.

“Eu vi o material, não diria que é um material de alta qualidade que merece atenção”, pontuou Peskov aos repórteres quando questionado sobre o assunto.

 

 

 

FONTE/CRÉDITOS: Andrew Osbornda Reuters Em Londres
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