Em meio ao avanço das delações dos executores do assassinato de Marielle Franco, desponta como figura central na trama um novo nome, o do deputado Chiquinho Brazão (União Brasil). Seria ele a autoridade citada em delação premiada pelo ex-PM Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram a vereadora e o motorista Anderson Gomes.
Como foi citado por Lessa uma pessoa com foro por prerrogativa de função, os autos da investigação foram encaminhados ao Supremo tribunal Federal. A informação foi divulgada inicialmente colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, com base no contato com fontes de dentro do STF. Outros veículos, como o Estadão, confirmaram o teor.
Ainda não se sabe até o momento o grau de envolvimento de Chiquinho Brazão no crime. No entanto, em janeiro, o site Intercept Brasil apontou que Lessa indicou na mesma delação como mandante do crime o irmão de Chiquinho, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas da União do Rio de Janeiro.
O nome do conselheiro surgiu pela primeira vez nas investigações do caso em 2019, por suspeitas de obstrução das investigações, e voltou à baila no fim do ano passado, em meio à delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, motorista que igiu o carro para Ronnie Lessa durante o assassinato.
Além de Lessa e Queiróz, Domingos Brazão aparecer no depoimento à Polícia Federal do miliciano Orlando Curicica sobre o Crime.
O reduto político da família Brazão fica em Jacarepaguá, na zona oeste carioca, zona dominada por milícias.
Com dois mandatos como deputado federal. Chiquinho Brazão foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Deputados em 2018. Em 2022, foi reeleito para o cargo. Antes de chegar a Brasília, foi vereador do Rio de Janeiro por 12 anos. O período inclui os dois primeiros anos de Marielle na Câmara, entre 2016 e março de 2018, ano em que ela foi assassinada.
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